Desemprego: menor taxa da série histórica (5,8%) se reflete na queda em 18 das 27 UF e estabilidade em nove estados
As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O IBGE detalhou nesta sexta-feira, 15 de agosto, os desdobramentos estaduais da menor taxa de desemprego já registrada pelo país na série histórica desde 2012: 5,8% no segundo trimestre de 2025. Comparada aos primeiros três meses do ano, a desocupação apresentou redução em 18 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras nove, segundo dados da PNAD Contínua.
“O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, afirmou William Kratochwill, analista da pesquisa.
No segundo trimestre, a taxa de desocupação caiu 1,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2025, que foi de 7%. Entre as Unidades da Federação, os menores índices foram registrados em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). Já as maiores taxas ocorreram em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).
Rendimento Mensal
O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477, apresentando alta frente ao trimestre anterior (R$ 3.440) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.367). Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com aumento significativo, enquanto nas demais houve estabilidade. Frente ao 2º trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880).
Destaques Regionais
A massa de rendimento real habitual somou R$ 351,2 bilhões. O Sudeste alcançou a maior massa da série histórica, com R$ 177,8 bilhões. Em relação ao 1º trimestre de 2025, a massa cresceu em quatro regiões, com estabilidade apenas no Sul (R$ 63 bilhões).
Homens, Mulheres e Raça
A taxa de desocupação foi de 4,8% para homens e 6,9% para mulheres. Por cor ou raça, o índice ficou abaixo da média nacional para brancos (4,8%), e acima para pretos (7%) e pardos (6,4%).
Educação
A maior taxa de desocupação foi observada entre pessoas com ensino médio incompleto (9,4%). Para os que têm nível superior incompleto, o índice foi de 5,9%, quase o dobro do registrado entre pessoas com nível superior completo (3,2%).
Outros Indicadores
- 1,3 milhão de pessoas buscavam trabalho há dois anos ou mais – menor contingente para um segundo trimestre desde 2014.
- No setor privado, 74,2% dos empregados tinham carteira assinada. Destaque positivo para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%).
- O percentual de trabalhadores por conta própria foi de 25,2%, sendo maior em Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%).
PNAD Contínua
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil. A cada trimestre, cerca de dois mil entrevistadores do IBGE visitam 211 mil domicílios em aproximadamente 3.500 municípios, cobrindo todas as 27 Unidades da Federação.
Fonte: SECOM/BR
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