Aposentadoria parlamentar: um outro escândalo na AL…
Na
ocasião, aos deputados que estavam no exercício do mandato, foi
facultado o direito de pagar o equivalente aos oito anos de mandato e
garantir aposentadoria proporcional.
Mesmo
assim, teve a concessão para pagar o equivalente a mais um mandato –
que não havia exercido - completando os dois mandatos mínimos para o
direito à aposentadoria.
O
processo de aposentadoria de deputados estaduais, que vigorou até 2005,
é outro escândalo, de proporções tão grandes ou maiores que o caso dos
18 salários.
Entre
parlamentares que se aposentaram nos extertores do antigo Fundo de
Pensão Parlamentar, saqueado até a extinção, há casos de gente que
sequer era deputado.
O
esquema da aposentadoria funcionou assim: por exigência da lei, os
fundos de pensão do Congresso Nacional e das assembleias legislativas –
que garantiam aposentadoria com apenas oito anos de trabalho - deveriam
ser extintos.
Na Assembleia
maranhense existia o Fundo de Pensão Parlamentar (FPP), que, além de
aposentar, também fazia empréstimos a deputados e diretores da Casa.
Em 2005 expirou o prazo para extinção do FPP. Os débitos milionários de deputados foram absorvidos pelo erário estadual.

Na
época, beneficiaram-se do privilégio deputados como Pavão Filho (PDT),
Joaquim Haickel (PMDB), Stênio Rezende (PMDB), Maura Jorge (DEM), entre
outros.
Um deles, no entanto, sequer exercia o mandato parlamentar.
O
atual líder da oposição, Marcelo Tavares (PSB), tinha sido deputado
entre 1994 e 1998, quando deixou a Assembléia. Em 2005, exercia o posto
de secretário de Articulação Política do governo do tio, José Reinaldo
Tavares (PSB).

Marcelo se aposentou, portanto, com 31 anos.
Todas as pensões parlamentares são pagas hoje pelo erário estadual, que deveria também exigir pagamento dos empréstimos devidos.
O
detalhe mais curioso é que, ao contrário do Poder Executivo, no poder
Legislativo os deputados podem acumular a aposentadoria pública com o
subsídio de parlamentar.
Deputados
como Manoel Ribeiro (PTB), Arnaldo Melo (PMDB) e Carlos Alberto
Milhomem (PSD), por exemplo, recebem subsídio integral de R$ 20,5 - mais
vantagens - acumulado com a aposentadoria parlamentar.
E a viúva paga a conta…
Fonte/wiltonlima