quinta-feira, 1 de novembro de 2012



ELEIÇÕES 2014 E O GRUPO SARNEY.

É uma tolice afimar categoricamente que o grupo Sarney está próximo de amargar uma derrota (que seria definitiva) nas eleições de 2014, quando os eleitores de todo o país escolherão seus deputados estaduais, federais, governador, senadores e presidente (ou presidenta) da República.

Da mesma forma, não é completamente verdadeiro que o grupo perdeu nas maiores cidades do Maranhão – reparem na palavra “completamente”. E por quê?

Ora, simplesmente porque ainda que tenha sofrido derrotas eleitorais em grandes cidades maranhenses, o grupo Sarney possui praticamente as outras forças políticas locais (derrotadas) do seu lado. E em alguns casos, o Palácio dos Leões detém os dois lados, ou seja, de quem ganhou e de quem perdeu (Chapadinha é um bom exemplo).

O maior problema a ser enfrentando de imediato pelo grupo dominante resite dentro de si mesmo, resta saber se afinará as cordas da viola que será dedilhada por tocador escolhido para 2014. São basicamente três pré-candidatos a “tocador”: Edison Lobão; Gastão Vieira e Luís Fernando, para colocar na devida ordem alfabética.

Noticia-se a montagem de um “núcleo duro” que, além da governadora Roseana Sarney, contaria ainda com os secretários Ricardo Murad (Saúde), João Alberto (Projetos Especiais), Mas Barros (Infraestrutura) e Luís Fernando (Casa Civil) e com o ministro Gastão Vieira (Turismo). Todos peemedebistas.

Ocorre que o governo não é formado apenas por quadros do PMDB, mas de vários partidos. Mesmo para um “núcleo duro”, seria mais que prudente ter “um ou dois” atores de outros partidos neste “conselho de notáveis”.

Outra coisa: corre que “núcleo duro” já teria decidido pela candidatura de Luís Fernando para a sucessão de Roseana.

Mas, digamos: e se aparecer um “núcleo mole” por entre as foças governistas, insatisfeito com a condução do processo tal como está sendo anunciado pela imprensa, bata na mesa, resolva endurecer e diga: “ei, não é bem assim, não!”? Sei não…

Pelos pequenos ajustes na estrutura de governo, ainda em curso, pode-se perceber que o governo está se fechando realmente em termos dos mais “próximos”.

De qualquer modo, o grupo Sarney ainda está forte, mesmo com o desgaste natural de meio século de poderio no Maranhão.

Contudo, corre de ser corroído mais pela suas contradições internas (econômicas e políticas) do que pelo fortalecimento eleitoral das oposições em 2012.

Fonte/robertlobato.com.br/

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