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quarta-feira, 30 de março de 2016

Quem é quem na “lista da Odebrecht”



Oito governadores, sete ministros, 16 senadores e 55 deputados federais aparecem, nos documentos apreendidos pela PF, entre os beneficiários de doações da empresa.
Agência Brasil
Operação da Polícia Federal no prédio da Odebrecht em São Paulo
Análise feita pelo Congresso em Foco nos documentos que se encontravam em poder do executivo do grupo Odebrecht Benedicto Barbosa Silva Júnior, apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro e divulgados na última quarta-feira (23), dão uma dimensão impressionante sobre o seu alcance. Os papéis, entre os quais cópias de planilhas com várias anotações a mão, atribuem doações eleitorais a perto de três centenas de políticos.
Mas o número de citados é menos expressivo que a sua importância. Se os citados na papelada formassem, digamos, um “Partido da Odebrecht”, ele superaria todos os outros em número de governadores (8), teria a segunda maior bancada no Senado (16) e a terceira na Câmara dos Deputados (55).
Há na lista apurada pelo Congresso em Foco nomes do Distrito Federal e de todos os estados brasileiros. Estão entre eles grande parte das principais lideranças políticas nacionais, incluindo chefes de Executivo das unidades federativas economicamente mais fortes do país. Em ordem decrescente, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia têm os maiores contingentes de candidatos possivelmente financiados pela Odebrecht.
Veja a distribuição dos nomes por estado:

Nada menos que 25 partidos são contemplados. PT, PSDB, PMDB, PP, PSB e DEM lideram as doações:
A relação traz ainda 48 prefeitos, 33 vereadores e 23 deputados estaduais, fora uma infinidade de ex-governadores, dirigentes partidários e candidatos nas eleições disputadas no Brasil desde 20120.
Veja a distribuição por cargo:


Chegar à lista agora publicada envolveu um complexo trabalho para confrontar indicações de datas, nomes e locais constantes dos documentos originais, além da eliminação de erros de grafia e da decodificação de certos apelidos. Por exemplo, no contexto encontrado nos papéis, há pouca margem para dúvidas quanto à identidade do “Gato Angorá”. Trata-se do ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco (PMDB), assim conhecido pelos seus cabelos brancos.
Nem por isso é possível garantir que a presente lista é 100% completa e livre de equívocos. Se você notar a necessidade de algum acréscimo ou retificação, escreva para redação@congressoemfoco.com.br. O mesmo e-mail está à disposição dos interessados em esclarecer a menção a seus nomes.
Foram desconsideradas as referências a repasses feitos diretamente aos partidos.
Vale acrescentar, finalmente, que as doações – cujo montante total supera as contribuições da Odebrecht registradas pela Justiça eleitoral nos pleitos de 2010, 2012 e 2014 – envolvem valores contabilizados oficialmente pelos candidatos ou partidos, mas não só eles.
Em off, alguns dos citados admitem que o dinheiro foi entregue por caixa dois, mas não se confundiriam com propinas pagas em troca da defesa do interesses da empresa.
Também há casos em que os políticos mencionados garantem que a transferência do dinheiro não ocorreu.
Outro ponto a ser esclarecido é se aqueles que aparecem nos documentos como “históricos” são, como sugere a palavra, políticos habitualmente premiados com contribuições do grupo Odebrecht – regulares na periodicidade com que foram feitas, mas irregulares por estarem à margem de qualquer previsão legal.
A qualificação é dada a um seleto grupo de políticos poderosos, quase todos do PMDB: os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL); o ex-presidente José Sarney (AP); o senador Romero Jucá (PMDB-RR); o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ); o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves; o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani; e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. Há dois “históricos” não peemedebistas: o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), e o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima.
Enfim, não falta material para ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Nesse aspecto, a decisão da Odebrecht – e em especial do seu herdeiro e principal executivo, Marcelo Odebrecht – de aderir à delação premiada deve esclarecer muita coisa. Ou seja: a Operação Lava Jato continua a prometer novos e impactantes revelações sobre o relacionamento espúrio entre os políticos e as grandes empreiteiras.

Veja quem é quem na “lista da Odebrecht”


Colaboraram Lúcio Batista e Patrícia Cagni.

Confira a íntegra dos 12 arquivos

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da Odebrecht apreendidos pela PF

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quarta-feira, 23 de março de 2016

Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos




Papéis foram apreendidos na “Acarajé” e liberados ontem (22.mar)
Planilhas listam nomes, valores e apelidos de cada político
Material é de Benedicto Barbosa, alto executivo do grupo
Informações de tabela são incompatíveis com doações declaradas
Acesse todo o material apreendido no fim deste post
Agentes da PF na sede de São Paulo da Odebrecht, na fase Acarajé
Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados ontem (22.mar) pela Polícia Federal, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
No início da tarde desta 4ª feira (23.mar), o juiz Sérgio Moro determinou que esse material fosse colocado sob sigilo. O UOL teve acesso às informações quando os dados estavam públicos.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel. Eis exemplos de planilhas apreendidas (clique nas imagens para ampliar):
tabela-benedicto
Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
Planilha-BJ-Odebrecht
Na planilha, Renan é “atleta''; Eduardo Paes, “nervosinho''; Sérgio Cabral, “próximus''.

A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.
Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.
Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.
Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular –a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos. Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.
APELIDOS

Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório:
Jaques Wagner: Passivo
Eduardo Cunha: Carangueijo
Renan (Calheiros): Atleta
José Sarney: Escritor
Eduardo Paes: Nervosinho
Humberto Costa: Drácula
Lindbergh Farias: Lindinho
Manuela D’Ávila: Avião

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O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição
COPA E LEBLON
A papelada que serve de base para este post foi apreendida por 4 equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.

Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
Um dos textos refere-se, de forma cifrada, às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo é chamado de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou ontem (22.mar.2016) o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. São públicos os documentos apreendidos com Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros.
ÍNTEGRA DOS DOCUMENTOS
Clique aqui para saber em qual documento e página cada político é mencionado. Depois, escolha o arquivo correspondente na lista abaixo:

OUTRO LADO
A Odebrecht foi procurada pelo Blog. Nesta 4ª (23.mar.2016), a assessoria da empreiteira enviou esta nota: “A empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários''.

Todos os políticos citados, já procurados por causa de outras reportagens, negam ter recebido doações ilegais em suas campanhas.

Agassiz Almeida: Para onde querem levar este país





                 Para onde querem levar este país? Lá no mundo mitológico Caos, deus da desordem, falou: Querem incendiar a nação e levá-la a uma ditadura imprevisível movida por um tresloucado maniqueísmo: eu sou Cristo e o meu adversário Lúcifer.
                 Ante este entrechoque, sobressalta-se o povo      brasileiro.
                 Disto tudo, agravado por uma crise mundial e um furor político em que se acumpliciam a incompetência de uma gestão e a irresponsabilidade
  Escritor Agassiz Almeida   de uma oposição quixotesca sem um Projeto Brasil,

o país queda-se sem rumos.
               Assiste-se a um teatrão. Shakespeare nele se perderia na criação de seus personagens, embaralhando Macbeth e Eduardo Cunha, Hamlet com Pesão.
               Face a este cenário surrealista que caminho encontrar? Erige-se um semideus da moralidade, em torno de quem a justiça é o princípio e o fim; suas decisões despejadas do Olimpo, contra elas não existem apelações ou habeascorpus.
                Como um impacto divulgatório deste autoritarismo adentra-se pelos lares de milhões de brasileiros, uma poderosa mídia televisiva e lança sobre a nação 24 horas de carga informativa com escândalos e tragédias.
               Que dramalhão midiático! Expõe nomes e rostos de acusados à execração pública.
                 Repete por dias e meses orquestração massacrante, numa verdadeira trama novelesca de que um ex-presidente presenteou há 40 anos sua amante; outro ex-presidente adquiriu um apartamento tríplex e sítio no interior de São Paulo. Por epílogo, espetaculariza decisões autoritárias do juiz da LavaJato.
              Como membro do Ministério Público asseguro que o juiz coordenador da LavaJato atropela afrontosamente a legislação penal, confundindo crimes de enriquecimento ilícito e delitos eleitorais. A ação delituosa se tipifica pelos fins objetivados pelo agente do crime.
              Olhemos a história. Lembrai-vos de 1954, 1961 e 1964. Na ditadura militar um major do exército, cheio de poder e prepotência, ordenava o comparecimento forçado do ex-presidente Juscelino Kubitschek a uma guarnição militar; meio século depois, um juiz de 1º grau comandando uma operação investigativa baseada em “delações premiadas” arrancadas de atemorizados prisioneiros, com tentáculos que alcançam até compras de barcos, fogões e presentes para crianças, determinou numa decisão rocambolesca a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor numa delegacia de polícia.
              Que ópera-bufa se assiste, ontem como hoje!
              Esta operação LavaJato me lembra a obra de Charlie Chaplin “O grande ditador”, na qual retrata a ira de um juiz que em meio a dezenas de acusados, lança as suas sentenças só contra um deles.
               Esta interrogação perturba a nação: A corrupção para fins eleitorais só grassa no PT, nos outros partidos, não?
              E nesta parafernália o país é sacudido por um ruído esquizofrênico vindo de São Paulo provocado por promotores de justiça, a se desandarem nesta excrescência, peticionam pela prisão do ex-presidente Lula.
             Olhemos as lições que a história nos legou.
             Cessem a volúpia encarniçada pelo poder, antes que um furacão arraste a nação a uma guerra fratricida.
              Cessem de inflamar o povo brasileiro ao ódio, levando-o às ruas para o desaguar de paixões desenfreadas.
             Do ódio e do fanatismo explodem as guerras civis.

Nota: Agassiz Almeida é escritor, ativista dos direitos humanos, deputado federal constituinte de 1988, promotor de justiça aposentado, autor de obras clássicas da literatura brasileira sobre o elitismo e o militarismo. É considerado pela crítica como um dos grandes ensaístas do país. (Dados colhidos no Google e na Wikipédia).
Obs.: Cristovam Buarque e Agassiz Almeida estão escrevendo este livro:“Por que o Brasil ainda não deu certo”.

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