sexta-feira, 13 de junho de 2014

MP-MA requer interdição total da Delegacia Regional de Açailândia

Estabelecimento está em precário estado de conservação.

Presos também devem ser transferidos no prazo de cinco dias.


Celas da Delegacia Regional de Açailândia têm condições insalubres (Foto: Divulgação/ MPMA)Celas da Delegacia Regional de Açailândia têm condições insalubres (Foto: Divulgação/ MPMA)
OMinistério Público do Estado do Maranhão ajuizou uma ação civil pública requerendo a interdição total da 9ª Delegacia Regional de Açailândia. Segundo a açao movida pela promotora de justiça Sandra Fagundes Garcia, a delegacia está em precário estado de conservação sujeitando os detentos a condições degradantes.

A transferência, no prazo de cinco dias, dos presos que estão custodiados na 9ª Delegacia para a comarca de origem ou para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas também foi requerida pelo MP, assim como a conclusão da construção da nova Delegacia Regional na Comarca de Açailândia, no prazo de 60 dias, ou a reestruturação do prédio existente, nos moldes exigidos pela legislação.

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'Gaiolão' é espaço utilizado por detentos para banho de sol (Foto: Divulgação/MPMA)
'Gaiolão' é espaço utilizado por detentos para
banho de sol (Foto: Divulgação/MPMA)
Atualmente, 15 presos estão distribuídos em quatro celas, que não têm o mínimo de condições necessárias para salvaguardar os direitos humanos. A promotora relata que o banho de sol ocorre em um espaço conhecido por "gaiolão", totalmente inadequado e reduzido, que não possibilita qualquer atividade física. Nesse ambiente, quando não há espaço nas celas, são encarcerados presos provisórios, expostos ao sol e à chuva, sem qualquer proteção ou abrigo.
"As irregularidades não se limitam à superlotação, abrangendo também as condições de aeração, higiene e segurança da carceragem. Nas celas não há circulação de ar, o banheiro é formado por uma parede incompleta em que não se tem privacidade alguma. Também não há sanitários, nem chuveiros, o ambiente é tomado por um mau cheiro insuportável", afirmou a promotora de justiça.
Prestação de serviço
Além dos problemas constatados nas instalações, a ação questiona, ainda, a presença de funcionários da Prefeitura de Açailândia prestando serviços relacionados à segurança pública, que deveriam ser prestados por policiais de carreira.

Apesar de estar em andamento a construção de um novo prédio, localizado próximo ao fórum da cidade, a obra tem se prolongado por demasiado tempo e não possui previsão de conclusão.

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