Tipo de HIV transmitido pelo sexo não é o mesmo que está no sangue.
SÃO PAULO - Quando uma pessoa porta o HIV, ela tem em seu corpo
diferentes formas do vírus, que passou por variações genéticas. Se ela
tem uma relação sexual desprotegida, a forma do vírus que é passada para
frente não é a que é mais abundante no corpo, segundo um estudo
publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of
Sciences (PNAS), da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
A descoberta sugere que alguns tipos do vírus são mais adaptados ao processo de transmissão.
“Se
o sucesso do estabelecimento do vírus [no corpo do infectado] fosse só
pelo acaso, na maioria das vezes seria um dos vírus mais abundantes no
trato genital de quem transmite. Mas não é isso que vemos”, argumenta o
autor do estudo, Eric Hunter, da Universidade Emory, nos EUA.
O
pesquisador sabe que “ainda há muito trabalho a fazer”, mas acredita
que os resultados vão desencadear novos estudos, que levarão a uma
compreensão melhor de como acontece o contágio.
A pesquisa foi feita com
apoio dos programas de pesquisa de HIV de Ruanda e Zâmbia, dois países
africanos. Os cientistas analisaram material de oito casais
heterossexuais assim que o diagnóstico do HIV foi confirmado no segundo
parceiro. Em seis desses oito casos, a transmissão foi da mulher para o
homem.
informações G1
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