Deputados criticam Vale por ‘interferência’ em obra de duplicação da BR-135
Em pronuciamentos na Tribuna da Assembleia nesta segunda-feira, os deputados Stênio Rezende (PMDB), Rogério Cafeteira (PMN), Eduardo Braide (PMN) e Zé Carlos (PT) criticaram a suposta interferência da Vale no processo que resultou no cancelamento das obras de duplicação da BR-135.
Stênio, Cafeteira, Braide e Zé Carlos: questionaram interferência da Vale
O interesse da mineradora acontece por conta do projeto de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), alvo de ação do Ministério Público Federal. A Vale quer que a rodovia fique no meio da EFC, já que a empresa pretende construir a outra via paralelamente a já existente.
Os deputados participaram pela manhã de uma reunião no Palácio dos Leões com o ministro Paulo Sérgio Passos (Transporte) e o diretor-geral do DNIT, Jorge Fraxe. A denúncia da interferência da mineradora na obra foi feita pelo secretário Pedro Fernandes (Cidades)
“A Vale quer que seus interesses prevaleçam sobre os interesses do povo do Maranhão. Achei um absurdo o fato relatado na reunião de que o DNIT utilizou estudos (de solo) feitos pela mineradora para emitir o parecer técnico contrário ao projeto”, revelou indignado o deputado Rogerio Cafeteira. “É importante que a gente continue nessa luta, unidos, porque a BR-135 só será duplicada se todos os políticos do Maranhão estiverem juntos e atentos. Nós não podemos baixar a guarda porque isso so será resolvido com pressão política”,completou.
Para o deputado Zé Carlos, custa acreditar que um projeto elaborado há tanto tempo e por engenheiros do Maranhão, não tenham feito a análise de solo daquela área. “Dizer que não se aprovou o projeto porque não se tinha a confirmação da análise de solo daquela área é demais. É querer atribuir a responsabilidade aos nossos engenheiros. Não posso concordar com isso”, esclareceu.
O petista disse ter saído da reunião com o ministro e o diretor-geral do DNIT com a impressão que “os interesses da Vale estão interferindo nos interesses do povo do Maranhão”
Segundo o deputado Eduardo Braide, que classificou a denúncia de “gravíssima”, ficou explícito na reunião que a duplicação da BR-135, agora prometida para junho de 2012, só contempla o trecho Estiva/Bacabeira. “A gente sabe que o problema a ser solucionado implica na duplicação do trecho da Estiva até Miranda do Norte. Ficou bem claro pra mim que pode sair até junho de 2012 o trecho Estiva/Bacabeira, o restante talvez daqui há cinco anos”, revelou.
“O deputado federal Pedro Fernandes (hoje secretário estadual das Cidades), homem experiente e técnico com experiência na área de engenharia, não ficaria indignado a toa. Ele deve ter elementos que fundamentam a suspeita de que a Vale agiu, sim, no sentido de fazer prevalecer seus interesses em detrimento dos interesses do povo do Maranhão. Se isso se confirmar, essa Casa tem que tomar uma medida mais enérgica”, argumentou Stênio Rezende.
Segundo ele, a mineradora estaria “querendo economizar” na obra de duplicação da EFC. O líder do bloco do governo denunciou ainda a série de acidentes com vítimas fatais provocadas pelo trem da Vale. “É quase rotineiro pegar os jornais e ler que o trem da Vale esmagou mais um”, disse citando o acidente do último dia 17 em Açailândia quando uma carreta foi totalmente destruída.
Stênio, Cafeteira, Braide e Zé Carlos: questionaram interferência da Vale
O interesse da mineradora acontece por conta do projeto de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), alvo de ação do Ministério Público Federal. A Vale quer que a rodovia fique no meio da EFC, já que a empresa pretende construir a outra via paralelamente a já existente.
Os deputados participaram pela manhã de uma reunião no Palácio dos Leões com o ministro Paulo Sérgio Passos (Transporte) e o diretor-geral do DNIT, Jorge Fraxe. A denúncia da interferência da mineradora na obra foi feita pelo secretário Pedro Fernandes (Cidades)
“A Vale quer que seus interesses prevaleçam sobre os interesses do povo do Maranhão. Achei um absurdo o fato relatado na reunião de que o DNIT utilizou estudos (de solo) feitos pela mineradora para emitir o parecer técnico contrário ao projeto”, revelou indignado o deputado Rogerio Cafeteira. “É importante que a gente continue nessa luta, unidos, porque a BR-135 só será duplicada se todos os políticos do Maranhão estiverem juntos e atentos. Nós não podemos baixar a guarda porque isso so será resolvido com pressão política”,completou.
Para o deputado Zé Carlos, custa acreditar que um projeto elaborado há tanto tempo e por engenheiros do Maranhão, não tenham feito a análise de solo daquela área. “Dizer que não se aprovou o projeto porque não se tinha a confirmação da análise de solo daquela área é demais. É querer atribuir a responsabilidade aos nossos engenheiros. Não posso concordar com isso”, esclareceu.
O petista disse ter saído da reunião com o ministro e o diretor-geral do DNIT com a impressão que “os interesses da Vale estão interferindo nos interesses do povo do Maranhão”
Segundo o deputado Eduardo Braide, que classificou a denúncia de “gravíssima”, ficou explícito na reunião que a duplicação da BR-135, agora prometida para junho de 2012, só contempla o trecho Estiva/Bacabeira. “A gente sabe que o problema a ser solucionado implica na duplicação do trecho da Estiva até Miranda do Norte. Ficou bem claro pra mim que pode sair até junho de 2012 o trecho Estiva/Bacabeira, o restante talvez daqui há cinco anos”, revelou.
“O deputado federal Pedro Fernandes (hoje secretário estadual das Cidades), homem experiente e técnico com experiência na área de engenharia, não ficaria indignado a toa. Ele deve ter elementos que fundamentam a suspeita de que a Vale agiu, sim, no sentido de fazer prevalecer seus interesses em detrimento dos interesses do povo do Maranhão. Se isso se confirmar, essa Casa tem que tomar uma medida mais enérgica”, argumentou Stênio Rezende.
Segundo ele, a mineradora estaria “querendo economizar” na obra de duplicação da EFC. O líder do bloco do governo denunciou ainda a série de acidentes com vítimas fatais provocadas pelo trem da Vale. “É quase rotineiro pegar os jornais e ler que o trem da Vale esmagou mais um”, disse citando o acidente do último dia 17 em Açailândia quando uma carreta foi totalmente destruída.
por Décio Sá
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