O
avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde disputaria a final da
Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional na próxima quarta-feira,
caiu a 50 quilômetros da cidade colombiana por causa de uma falha
elétrica.
81 pessoas estavam a bordo entre 72 passageiros e nove
tripulantes: 76 pessoas morreram. Os únicos sobreviventes do voo foram
os jogadores Alan Ruschel, Danilo e Jakson Follmann; a aeromoça Ximena
Suárez e o jornalista Rafael Henzel.
19 jogadores da Chapecoense, a
comissão técnica encabeçada por Caio Júnior, dirigentes do clube, o
presidente da federação catarinense (Delfim Peixoto), jornalistas de Fox
Sports (dentre eles o ex-meia Mario Sérgio) e Globo faleceram na queda.
A lista com todos os passageiros e tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil, da Colômbia:
Atletas
- Alan Ruschel, Ananias, Arthur Maia, Bruno Rangel, Juninho, Cléber
Santana, Danilo, Dener, Filipe Machado, Jakson Follmann, Gil, Gimenez,
Kempes, Lucas Gomes, Matheus Biteco, Neto, Sérgio Manoel, William
Thiego, Tiago Albes, Josimar, Marcelo, Mateus Caramelo.
Comissão
técnica - Caio Júnior, Eduardo de Castro Filho, Anderson Paixão,
Anderson Roberto Martins, Marcio Bestene Koury, Rafael Gobbato, Luiz
Cesar Martins Cunha, Luiz Felipe Grohs, Sergio Luis Ferreira de Jesus,
Anderson Donizette Lucas, Adriano Wulff Bitencourt, Cleberson Fernando
da Silva, Emerson Fabio di Domenico, Eduardo Luiz Preuss, Mario Luiz
Stumpf, Sandro Luiz Pallaoro.
Dirigentes - Plínio de Nes Filho,
Luciano Buligon, Gelson Luiz Merísio, Nilson Folle Junior, Decio
Sebastião Burtet Filho, Jandir Bondignon, Gilberto Pace Thomas, Mauro
Dal Bello, Edir Félix de Marco, Davií Barela Bavi, Ricardo Philippi
Porto, Delfim Peixoto.
Jornalistas - Victorino Chermont, Rodrigo
Santana Gonçalves, Deva Pascovitch, Licacio Pereira Junior, Paulo Júlio
Clement, Mario Sérgio, Guilherme Marques, Ari de Araújo unior, Guilherme
Laars
Jornalistas - Giovane Klein Victória, Bruno Mauri da Silva,
Djalma Araújo Neto, André Luis Goulart Podiacki, Laion Machado
Espíndola, Rafael Henzel, Renan Carlos Agnolin, Fernando Schardong,
Edson Luiz Ebeliny, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles, Jacir Biavatti,
Ivan Carlos Agnoletto
Tripulação: Miguel Quiróga, Ovar Goytia,
Sisy Arias, Romel Vacaflores, Ximena Suarez, Alex Quispe, Gustavo
Encina, Erwin Tumiri, Angel Lugo
A proposta para a realização do concurso da Assembleia Legislativa chegou ao fim. Os parlamentares aprovaram o projeto de decreto legislativo
do deputado José Bonifácio (PR) e outros parlamentares que anula os atos da
Mesa Diretora referentes certame.
Antes da votação, o
presidente desta Casa de Leis, deputado Osires Damaso (PSC), defendeu a
manutenção do concurso. Ele sustentou a legalidade da dispensa de licitação,
suficiência de recursos e de margem contábil quanto aos limites com gasto de
pessoal.
Os deputados Zé Roberto
(PT), José Bonifácio (PR) e Ricardo Ayres (PSB) voltaram a suspeitar da
reputação da entidade escolhida para realizar o certame, das condições
financeiras da Assembleia para honrar o salário dos novos servidores, além da
ausência de previsão orçamentária nas leis que disciplinam o orçamento em
vigoR.
A
Black Friday 2016 atrai menos consumidores do que nas outras edições.
Nas primeiras horas, houve um menor número de buscas, menções nas redes
sociais e até reclamações. Por outro lado, as consultas à reputação das
empresas aumentaram. Até as 6h desta sexta-feira, dia 25, o Reclame Aqui
recebeu 581 queixas relacionadas à campanha, contra 831 no mesmo
período do ano passado, uma queda de 30%.
No site, o site Kabum! é
o líder de reclamações, com 159 ocorrências. o segundo lugar é da
Americanas.com - Loja Online, que recebeu 44 queixas nas primeiras
horas. O principal motivo de queixas dos consumidores foi a propaganda
enganosa, que representou 19,6% dos casos. Em segundo lugar apareceram
as divergências de valores, com 11% dos problemas, seguido de
dificuldade para finalizar a compra, com 8,4%. A maior causa de
reclamações nos últimos anos, a maquiagem de preços, caiu para quinto
lugar, com 6,7% de descontos anunciados sobre preços que haviam subido.
O CEO do Reclame Aqui, Maurício Vargas, explica o desinteresse:
“Os sites oferecem uma média de 26% de desconto e não os 50% ou 60% que todos esperam numa Black Friday”.
Imagens foram feitas pela Funai e divulgadas pela associação Hutukara. Fotos da aldeia Moxihatëtëa mostram índios que vivem isolados na floresta.
Comunidade
isolada foi fotografada pela primeira vez em setembro de 2016; imagens
foram divulgada por associação (Foto: Guilherme
Gnipper/Hutukara/Divulgação)
A Hutukara Associação Yanomami divulgou nesta terça-feira (22)
fotografias de uma tribo indígena Yanomami que vive isolada na Amazônia,
em Roraima. As imagens são as primeiras feitas da comunidade, conforme a
associação.
Segundo Dário Kopenawa Yanomami, vice-presidente da Hutukara, a tribo é
denominada Moxihatëtëa e fica na circunscrição do município de Alto
Alegre na Terra Indígena Yanomami, no Norte do estado, a 1h30 de voo de
Boa Vista. Nela, vivem índios que recusam contato até com outros
indígenas.
"É muito difícil a gente chegar lá por que eles atacam com flechas.
Eles são muito bravos. Atiram no avião quando estamos fazendo sobrevoo.
Ficam muito desconfiados. Não querem a nossa presença e nem da sociedade
não-indígena", afirmou Dário.
No
sobrevoo realizado em setembro de 2016, aproximadamente 15 índios foram
vistos na comunidade, segundo a Hutukara (Foto: Guilherme
Gnipper/Hutukara/Divulgação)
As primeiras informações oficiais sobre a existência da tribo surgiram
no final da década de 1990, quando índios da Missão Catrimani
encontraram rastros da comunidade. Eles foram vistos pela primeira vez
em um sobrevoo em meados de 2006.
Dez anos depois, em setembro de 2016, um sobrevoo realizado pela
Fundação Nacional do Índio (Funai) registrou pela primeira vez a
comunidade em fotos.
Conforme Dário, pelo sobrevoo não é possível afirmar quantos índios
vivem na maloca [casa], mas se estima que a população seja de
aproximadamente 15 pessoas.
Eles vivem em total isolamento e sobrevivem exclusivamente do que cultivam e caçam na floresta.
"Eles retiram todos os recursos da natureza. Tem os alimentos próprios
que são a macaxeira, banana, a cana e eles produzem lá a alimentação.
Nas fotos que obtivemos é possível ver que tem uma roça, então
provavelmente eles não estão passando fome".
Apesar de não terem contato com os demais Yanomami, os Moxihatëtëa são
considerados da mesma etnia porque possuem o mesmo tronco linguístico,
informou Dário.
"Meu avô e meu tio já tentaram se aproximar deles há muitas décadas,
mas nessa época tinha guerra entre os Yanomami e os Moxihatëtëa. Depois
acabaram os conflitos e meus ancestrais tentaram uma amizade, mas os
Moxihatëtëa não querem contato, não querem nossa saúde, a Funai, nossa
educação. Não querem aproximação", disse.
(Foto: Guilherme Gnipper/
Hutukara/Divulgação) Estima-se que além dos Moxihatëtëa, outras
duas tribos Yanomami vivam isoladas no estado
do Amazonas
De acordo com o vice-presidente da Hutukara, a tribo costumava migrar,
mas há pelo menos 10 anos estão com a maloca no mesmo local. "Nesse
sobrevoo foi possível ver que eles aumentaram a maloca e que estão
fixados no mesmo lugar", disse.
A preocupação da Hutukara é que a cerca de 15 quilômetros da comunidade
existem balsas de garimpo que podem ameaçar a sobrevivência da tribo.
Garimpo
Dário afirmou que existem relatos de garimpeiros que tentaram entrar em contato com a tribo, o que teria gerado conflito.
"A gente ouviu comentários de garimpeiros que tentaram se aproximar,
eles não aceitaram e acabou havendo briga. Quando o não indígena chegava
lá eles matavam com flechas. São um povo guerreiro", afirmou.
Além disso, por ser uma tribo isolada, a Hutukara afirma que ainda hoje
não tem informações sobre o real impacto dos garimpeiros na comunidade.
"A gente não sabe quantos Moxihatëtëa já morreram com doenças
transmitidas pelos garimpeiros, morreram pelos instrumentos usados no
garimpo ou através da poluição do mercúrio. Por isso nós da Hutukara, a
Funai e outras ONGs estamos preocupados".
O G1 tentou contato com a Funai mas não obteve retorno.
Outros isolados
Além da Moxihatëtëa, a Hutukara tem conhecimento de outras duas
comunidades Yanomami isoladas no Brasil. As duas ficam no Amazonas.
Entretanto, segundo Dário, elas nunca foram avistadas. "Só temos rastros
deles".
A associação estima que existem mais de 23 mil índios Yanomami. A
extensão territorial da reserva da etnia é de 9,6 milhões de hectares
somente no Brasil. Também existem Yanomami na Venezuela.
Segundo
a Hutukara, índios da tribo Moxihatëtëa recusam contato com outros
indígenas e com não-índios (Foto: Guilherme Gnipper/Hutukara/Divulgação)
Na ficha encontrada, não há o nome da companheira de Lampião, Maria Bonita
Um prontuário criminal de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu
bando, datado de 1940, foi encontrado na última semana no arquivo do
Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) do Rio Grande do Norte.
Engavetado há quase oito décadas, o documento foi encontrado há duas
semanas e faz parte de um dos três processos contra o bando de
cangaceiros mais temido do Nordeste da década de 1930. Lampião e seu
bando invadiram as cidades de Mossoró, Martins e Pau dos Ferros, no ano
de 1927, e após essa invasão três processos foram instaurados.
O
prontuário é datado de dois anos após a morte de Lampião, ocorrida em
1938, mas o Itep atesta sua veracidade. O prontuário é parte de uma peça
criminal instaurada em 1927, no qual consta a identificação de Lampião e
mais 55 integrantes do grupo. Foi encontrado nos arquivos criminais do
Itep e estava misturado com outros que não possuem valor histórico.
Na ficha, não há o nome da companheira de Lampião, Maria Bonita. O
órgão, desde aquela época, detinha as fichas criminais de acusados de
crimes no Estado, como também os primeiros registros de identificação de
moradores e já fazia exames de corpo de delito e necropsia.
De
acordo com o chefe de gabinete do Itep-RN, Thiago Tadeu Santos de
Araújo, foi neste documento que Lampião e seu bando foram incluídos no
cadastro criminal do Estado.
"O documento consta o número 2261,
que sugere ser a página do processo. O prontuário criminal de Lampião
estava como um documento comum, no arquivo criminal, mas, devido ao seu
valor cultural, já separamos e guardamos em outro local", explica
Araújo. "Vamos também digitalizá-lo."
Domínio Público
O temido cangaceiro Lampião
Pesquisador das histórias da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e
outros órgãos de segurança pública do Estado do Rio Grande do Norte, o
coronel Angelo Dantas também diz que o prontuário é parte de peça
criminal do processo aberto na comarca de Pau dos Ferros. Dantas estuda
há mais de 15 anos o resgate da história de segurança pública e possui
acervo de fatos históricos que ocorreram no Estado.
"Descobrimos que em 1936 houve uma nova legislação vigente e foi
implantado um sistema de identificação criminal. Essa peça, certamente
veio da comarca para o Itep com esse novo sistema para identificação dos
réus no processo da comarca de Pau dos Ferros. Lá, um soldado foi
assassinado pelo bando, que também cometeu roubos e furtos. Como nessa
época tudo era difícil, pode-se explicar a demora desse documento ter
chegado ao Itep", explica.
Segundo Dantas, as
pesquisas apontaram também que existe a certidão do oficial de Justiça
cumprindo a ordem do juiz de prender Lampião. "Por ser um cangaceiro
temido e ágil, que fugia rápido após os crimes, o oficial relatou no
cartório que percorreu o município de Vitória, atualmente Marcelino
Vieira, onde estava o distrito de Pau dos Ferros e não achou o bando."
No documento, Lampião e seu bando foram enquadrados no artigo 294,
parágrafo 1º (assassinato), e no artigo 356 (roubo) do Código Penal
brasileiro de 1890.
"Os artigos que ele e seu bando foram
enquadrados equivalem ao artigo 121, que é matar alguém, e artigo 157,
que é subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça, dispostos no código penal atual [que é de 1940]", explica
Araújo.
Eduardo Vessoni/UOL
Vista do rio São Francisco, entre Sergipe e Alagoas, uma das vias de acesso ao local onde Lampião e seu bando foram mortos
O achado fará parte de uma sala-museu do Itep-RN que deverá ser criada
em breve. Além do documento, constarão máquinas fotográficas antigas,
material usado em necropsias, documentos das primeiras pessoas civis
identificadas no Rio Grande do Norte e fotos, entre outros.
Segundo Dantas, Lampião ficou quatro dias no Rio Grande do Norte e, "por
onde passou, só deixou desgraça". Em 1927, segundo Dantas, o bando
chegou à região oeste do Estado e invadiu a cidade de Mossoró, porém o
então prefeito, Rodolfo Fernandes, e os moradores defenderam o
município.
Lampião nasceu em Pernambuco e era filho de um
proprietário rural. Sua fama de cangaceiro começou quando ele foi
acusado de roubar bodes de outra propriedade. Em 28 de julho de 1938,
Lampião e parte do seu bando foram assassinados na fazenda de Angicos,
no sertão de Sergipe, vítimas de uma emboscada armada por soldados de
Alagoas.
A polícia do Maranhão apresentou, na manhã desta quarta-feira (23), o
resultado do laudo do corpo da sobrinha-neta do ex-presidente José
Sarney, assassinada no dia 13 de novembro. Segundo a polícia, a mulher
foi estuprada e lutou contra o agressor --o cunhado dela, o empresário
Lucas Porto-- para evitar ser violentada e morta.
Segundo o
delegado Geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, o crime está
esclarecido, e o inquérito foi encaminhado à Justiça ontem. "A autoria
está determinada, as circunstâncias também estão esclarecidas, tanto
pela prática do c rime estupro, quanto homicídio qualificado", explicou.
Melo afirmou que o laudo apontou marcas de violência na vítima, que
indicam que ela tentou evitar o estupro e a morte. "Há marcas de extrema
violência, demonstrando que ela não queria praticar nenhum ato sexual.
Isso demonstra a defesa da vítima, com várias lesões apontadas na
necropsia", informou.
Segundo o delegado, ainda faltam chegar
alguns outros laudos, mas que não devem mudar em nada a investigação.
"Temos a pendência de alguns exames do estudo de genético forense para
identificar material orgânico encontrado no local onde a vítima foi
morta", disse.
A polícia também confirmou que o exame toxicológico deu negativo tanto para o agressor, como para a vítima.
"Ele arrumou o quarto, alterou a cena do crime, demonstrando plena
lucidez com relação ao ato do crime, bem como após a prática desses
crimes", disse, citando ainda que Lucas tentou se desfazer das roupas
usadas no momento do crime.
François Patrick Gouveia assassinou, em setembro passado, o
tio e a sua família, o que incluía a mulher e os dois filhos – um menino
de um ano e uma menina de cinco anos.
As vítimas foram
esquartejadas na sua habitação na província de Pioz, em Espanha e só o
cheiro nauseabundo dos cadáveres alertou os vizinhos para o sucedido.
Cerca de dois meses depois, Patrick Gouveia foi ouvido em tribunal e confessou o crime.
“Matei
os quatro porque matar apenas o Marcos [tio] parecia cruel. Não ia
deixar uma família sem marido e sem pai”, disse o jovem no tribunal
espanhol de Guadalajara.
O jovem de 19 anos disse ainda que “três
dias antes [do crime]” sentiu a “necessidade de matar”, um sentimento
que o acompanha desde os 12 anos.
De acordo com a emissora
espanhola Antena 3, Patrick já havia sido detido em 2013 quando, com 16
anos, esfaqueou um professor na sala de aula.
Sobre o crime, o
jovem brasileiro disse que “foi tudo muito rápido” e que as vítimas “não
sofreram e não gritaram”, garantindo que pensou muito antes de tomar a
decisão, negando assim ter agido por impulso.
Depois de assassinar
os quatro elementos da família, Patrick viajou para o Brasil para,
segundo o próprio, se despedir da família.
Quanto ao amigo Marvin
Henriques, que foi preso em João Pessoa e está acusado de participar
ativamente via WhatsApp no quadruplo homicídio, Patrick disse que é
“como se fosse um irmão mais novo” que o ajudou depois de ter esfaqueado
o professor.