Brasileiro quer se formalizar para ser empresário, mostra estudo.
Estudo sobre a figura jurídica foi divulgado, nessa quinta-feira (2), em São Paulo.
Agência Sebrae
SÃO PAULO - São Paulo - O desejo do brasileiro de ser dono do próprio
negócio é o principal motivo do sucesso da figura jurídica do
Empreendedor Individual (EI), criada há três anos no país. O Sebrae
realizou uma pesquisa sobre o perfil da categoria e ouviu de 69% dos
entrevistados que ter uma empresa formal e emitir nota fiscal são os
grandes atrativos para o registro do negócio.
“Nós
imaginávamos que os direitos da Previdência Social, que são muito
importantes na legislação, fossem o impulso decisivo para a
formalização, mas o que motivou a imensa maioria foi o desejo de ter a
sua cidadania empresarial, de poder crescer”, disse o presidente do
Sebrae, Luiz Barretto.
O
estudo Perfil do Microempreendedor Individual 2012, realizado pela
instituição, foi divulgado nesta quinta-feira (2), em São Paulo. Entre
as vantagens oferecidas pelo regime está o registro no Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e custos reduzidos para a cobertura
previdenciária.
Segundo o
Sebrae, o Brasil terá quatro milhões de EI até 2014. Atualmente são 2,5
milhões em todo o país. Pelas projeções da instituição, o número de EI
será maior que o total de micro e pequenas empresas em dois anos.
O
presidente Luiz Barretto atribuiu esse aumento ao desempenho positivo
da economia brasileira nos últimos anos - que incorporou mais de 40
milhões de brasileiros ao seu mercado consumidor -, ao ambiente legal
favorável aos pequenos negócios e à ampliação da escolaridade.
“O
aumento de oportunidades fez com que as pessoas pudessem empreender e
ter viabilidade nos negócios. Mas o que chama a atenção é que o estudo
demonstra que o EI tem um índice de escolaridade maior do que a média da
população em geral, o que ajuda a ter negócios mais sustentáveis”,
afirmou.
Jovens
A
pesquisa mostra ainda que a maioria dos empreendedores individuais
(48,8%) são jovens entre 25 e 39 anos. De acordo com o Sebrae, o
resultado revela uma mudança de cultura do jovem brasileiro. “Hoje nem
todo mundo quer ter um emprego formal, de carteira assinada. Os jovens
percebem as oportunidades de mercado e as mudanças tecnológicas. Estão
mais antenados e conectados do que os jovens do passado”, afirmou Luiz
Barretto.
Para o presidente
do Sebrae, o desafio nos próximos anos será capacitar esses jovens em
gestão empresarial. “O fato de ter um conhecimento sobre o seu negócio é
diferente de você ser um bom gestor da sua empresa. É isso que o Sebrae
vai procurar realizar nos próximos anos. Focar a gestão empresarial e a
capacitação como princípios fundamentais para a longevidade
empresarial”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário