Bruno tem liberdade condicional, mas depende do STF
G1
Foto: Alex de Jesus/O Tempo
MINAS GERAIS - A Justiça de Minas Gerais concedeu na tarde desta
terça-feira (29) a liberdade condicional ao goleiro Bruno Fernandes
referente ao processo de cárcere privado e lesão corporal de Eliza
Samudio, pelo qual o atleta foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro
a 4 anos e seis meses de prisão. Mas para deixar a prisão, o jogador
ainda depende do julgamento de um pedido de habeas corpus pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) relacionado ao desaparecimento e morte da ex. Na
sessão de análises de pedidos de habeas corpus do Supremo desta
terça-feira, o processo no goleiro não estava na pauta.
O
pedido de liberdade condicional foi julgado pelo juiz Wagner Cavalieri,
da Vara de Execuções Criminais de Contagem, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, devido ao fato de o goleiro estar detido na
Penitenciária Nelson Hungria, na mesma cidade. De acordo com o Tribunal
de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na condenação do Rio de Janeiro,
Bruno já tinha direito à liberdade condicional desde janeiro deste ano
pelo tempo de pena cumprida, mas nenhum pedido havia sido feito
anteriormente.
Após se
entregar à polícia no Rio de Janeiro, Bruno foi transferido em 8 de
julho de 2010 para Minas Gerais, onde a polícia investigava o sumiço da
modelo vista pela última vez no sítio do goleiro em Esmeraldas, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte. Por determinação da Justiça
mineira, desde então, o atleta cumpre prisão provisória no processo de
morte e desaparecimento de Eliza Samudio.
O advogado Francisco Simim, responsável pela defesa do goleiro,
informou ao G1 que independentemente da decisão em relação à liberdade
condicional, Bruno continuará detido por causa do mandado de prisão
preventiva expedido pela Justiça de Minas Gerais.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no
processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada
do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado. Em
fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta
era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe de Eliza, em
Mato Grosso do Sul.
O
goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido como Macarrão –, e o
primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere
privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido
dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular
por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e
Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo
sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de
Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere
privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e
respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a
ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
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