Indignado, deputado vai demitir assessor preso por tráfico. ‘Ele é um imbecil’, diz Alexandre Almeida
O deputado Alexandre Almeida (PSD) reagiu indignado neste domingo
com a prisão de seu assessor Antonio Kelson Moreira e Silva, pela
Operação Anubis, realizada ontem em Timon (veja post abaixo). Ele disse
que o auxiliar será demitido nesta segunda-feira.
Alexandre Almeida agiu como deveria: demissão sumária
- Ele é um imbecil em se envolver neste tipo de coisa. Vou demiti-lo
amanhã. Eu não sabia de nada – declarou Alexandre que está em Salvador
(BA) onde participou do casamento de um primo.
Presidente do Conselho de Ética da Assembleia e da Frente Parlamentar
de Combate ao Crack, o parlamentar afirmou que a operação da Polícia
Civil que prendeu Antonio Kelson tem todo seu apoio.
- Apoio totalmente a operação que prendeu todos essas pessoas. A
polícia está de parabéns. Ele (assessor) não terá nenhum apoio meu no
sentido de protegê-lo. Vai ter de pagar pelos crimes que cometeu –
ressaltou.
Alexandre Almeida disse estar decepcionado com Antonio Kelson.
- É uma decepção, muito triste para mim saber desse envolvimento dele
com as drogas. Não aprovo nada disso. O que eu aprovo é a operação da
polícia – ressaltou.
O deputado disse acreditar que o acusado se envolveu com drogas após se “empolgar em festinhas” realizadas em Timon e Teresina.
- É muito triste para os amigos e para a família – finalizou.
Polícia prende assessor de deputado por tráfico
A Polícia Civil deflagrou neste sábado a Operação Anubis que
prendeu 11 pessoas em Timon acusadas do tráfico de drogas. Os trabalhos
foram coordenados pela Superintendência de Polícia Civil do Interior
(SPCI) e contaram com a participação de 15 equipes policiais, sendo
quatro da SPCI, duas do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Maranhão, três de
Caxias e seis de Timon, além de peritos criminais, totalizando mais de
60 policiais e 11 delegados.
De
acordo com o delegado Jair Lima, superintendente da SPCI, a Operação
Anubis é resultado de cerca de três meses de investigações da Polícia
Civil de Timon e da Inteligência da SSP, que contaram com o apoio do
Ministério Público Estadual, em cumprimento a mandados de prisão
preventiva desses elementos que estavam atuando em Timon e na capital
piauiense, Teresina.
“Além do tráfico, os envolvidos praticavam uma série de outros crimes
associados, como assaltos e homicídios em decorrência da disputa pela
comercialização de entorpecentes na região”, destacou o Superintendente,
afirmando que as investigações devem prosseguir, tendo em vista que o
bando tinha ramificações também nas cidades de Coelho Neto e Caxias.
Durante a ação, foram presos Leandro Carvalho dos Santos, vulgo Leo;
Taniel do Nascimento Vasconcelos, conhecido como Bombado; Maria de
Fátima Alves Cardoso; Gislene Mendes Santana; Antonio Kelson Moreira e
Silva; Domingos Almeida Cunha, o Dominguinhos; Alisson Antonio Leite dos
Santos, vulgo Alisson Magrão; Vicente de Paula Soares de Moraes Junior;
Alexandre Carvalho Alves e Flávio Rodrigo Milhomem de Sousa. Com eles,
os policiais apreenderam ainda dois veículos e duas motocicletas.
Antonio Kelson Silva é assessor do deputado Alexnadre Almeida (PSD),
presidente da Comissão de Ética da Assembleia. Ele foi nomeado no
gabinete do parlamentar em fevereiro do ano passado no cargo ISO, cujo
salário pode chegar a R$ 14 mil (veja documento acima).
As prisões preventivas, mandados de buscas e apreensão foram decretas
pelo juiz Francisco Ferreira Lima, titular da 2ª Vara Criminal de
Timon, com base em inúmeros indícios contra a quadrilha referente a
pratica ilícita de associação e trafico de drogas, inclusive comércio
internacional, no município de Timon. Quatro promotores de Justiça
acompanharam todos os trabalhos desenvolvidos pela Policia Civil.
O delegado Michel Sampaio, titular do 1º Distrito Policial de Timon,
ressaltou que a partir do monitoramento da movimentação dos traficantes
foi possível à polícia identificar cada um dos membros da organização
criminosa, bem como o patrimônio adquirido pelos criminosos nos últimos
dois anos.
O bando foi autuado pela prática de tráfico, associação para o
tráfico, formação de quadrilha e lavagem de capital, e em seguida eles
serão encaminhados para o Centro de Ressocialização Jorge Vieira em
Timon.
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