Chamado de ‘ladrão’, deputado diz que é ‘macho’ e parte para cima de manifestante em Estreito
Em primeira mão às 15h42:
Muita confusão nesta sexta-feira (16) na Câmara de Estreito. Conforme havia noticiado o blog ainda na terça-feira (reveja), o desembargador Jamil Gedeon, do Tribunal de Justiça do Maranhão, determinou o retorno de seis dos nove vereadores cassados da cidade ano passado. Um deles perdeu o prazo do ajuizamento da ação e outros dois ainda aguardam decisão para retornar aos cargos.
Os seis vereadores foram tomar posse na Câmara hoje pela manhã. A ex-presidente Reginalva Alves Pereira (PPS) tentou realizar uma nova eleição para presidente onde ela seria a candidata.
O vereador Tavane Miranda Firmo (PTC), um dos suplentes que assumiu ano passado e permanece no cargo, não aceitou. Disse que a eleição só seria realizada por determinação judicial. Fourmou-se uma grande confusão.
O deputado Antonio Pereira (DEM), que apoia o grupo dos vereadores cassados, se desentendeu com alguns manifestantes que lotavam o local. Ele foi vaiado e chamado de “ladrão”. “Quem apoia ladrão, é ladrão também”, gritavam os manifestantes.
Já na parte de fora da Câmara, o democrata tentou agredir um dos manifestantes que o xingava. “Eu sou homem e macho. Estou aqui tratando de coisa séria”, gritava o deputado que foi segurou por um PM. Vejas a imagens da confusão:
Histórico
Os nove vereadores de Estreito foram condenados pelos juízes Daina Leão e Gilmar de Jesus Everton Vale, em momentos distintos, acusados de atos de corrupção e afastados dos cargos. Na época, o caso teve repercurssão nacional em vários jornais e sites de notícia após noticiado em primeira mão pelo blog.
De acordo com a ação movida pelo Ministério Público, os vereadores dividiram entre eles R$ 198 mil, sendo entregue R$ 22 mil para cada um. Esse valor teria sido repassado pela prefeitura para manutenção da própria Câmara Municipal. O rateio do dinheiro público em Estreito aconteceu em janeiro de 2009.
Segundo o promotor Luís Samarone, foram encontrados diversos cheques pagos conjuntamente a Edevandrio Gomes Pereira (presidente da Câmara em 2009) e Reginalva Alves Pereira (tesoureira em 2009 e presidente em 2011), que somavam quase R$ 97 mil; além de outros, sacados pelo então chefe do Legislativo Municipal (mais de R$ 50 mil) e, ainda, cheques nominais a Domingos Rodrigues dos Santos, marido de Reginalva, cujo valor somado era superior a R$ 10 mil.
Retornaram aos cargos Eriberto Carneiro Santos (PMN), Inocêncio Costa Filho (PV), José Rômulo Rodrigues dos Santos (PSB), Bento Cunha de Araújo (PT), Benedito Torres Salazar (PMDB) e Reginalva Alves Pereira (PPS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário