sábado, 22 de abril de 2017

Eduardo Hirata grava para o documentário Colônia Gurupi



Ainda me lembro como se fosse hoje. Era uma bela manhã de 1971. Eu estava com os meus 9 anos de idade. Estávamos todos agitados e brincando na sala de aula enquanto ele era apresentado nas outras turmas. De repente ele acompanhado pela professora Ester Ramos Wiens, entra. Todos param e fixam o olhar para o Jovem de olhos puxados, magro, mas firme e cabelos longos. Foi um misto de surpresa e curiosidade.  A final, japonês era algo para nós de outro “mundo”. A diretora anuncia então o novo professor. Ele se apresenta, sem muita conversa pediu para cantarmos o hino nacional, (que de praxe cantávamos  no pátio da escola todos perfilados antes entrar, nesse dia foi diferente) e ele diz.  “Vamos cantar bem forte cabeça erguida mãos esquerda firme e a direita sobre o peito firme e estofado, em referência a nossa pátria”.
Ele era Eduardo Hirata, um jovem vinte e poucos anos, acadêmico da USP do curso de História com um ideário socialista que agora iria fazer parte do quadro de professores da nossa escola na Colônia Gurupi.
O documentário Colônia Gurupi, não seria o mesmo sem a presença de Eduardo Hirata, um dos mais respeitados intelectuais da nossa região, que cravou seus pés aqui, contribui e continua contribuindo muito para a educação local.
Neste fim de semana voltamos com o professor à antiga sede administrativa da Colônia Gurupi, ele se emocionou, falou muitas coisas, principalmente sobre o contexto político da época. Foi emocionante, uma mistura de alegria, tristeza e nostalgia.
Desde já nossa equipe agradece de coração pela sua contribuição no documentário. Muitas graças, Professor.

Zeca Carvalho 
Jornalista DRT/MA1041








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