Noam Chomsky elaboroulista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa“
Noam Chomsky é um linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentarista e ativista político norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística moderna“, também é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia analítica.(Fonte)
Chomsky elenca estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir fazer a população agir conforme interesses de uma pequena elite mundial.
Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas elites e praticam incansavelmente várias
dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até chegar um
momento que você realmente crê que o pensamento é seu.
1. A estratégia da Distração
O elemento primordial do controle social
é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do
público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites
políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de
contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente
indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos
essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e
cibernética.
“Manter a atenção do público
distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas
sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem
nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais“
2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se
cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no
público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja
aceitar.
Por exemplo: Deixar que
se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar
atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de
segurança e políticas desfavoráveis à liberdade.
Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência)
3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas. E comumente utilizada pelas grandes meios de comunicação.
4. A estratégia de diferir
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício
futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é
empregado imediatamente.
Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar”
e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao
público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação
quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao
grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação
particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?
“Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12
anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com
certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um
sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível,
de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes
inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível
de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a auto-culpabilidade
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o
sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que
gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação.
E, sem ação, não há questionamento!
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcurso dos últimos 50 anos, os
avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os
conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites
dominantes.
Graças à biologia, a neurobiologia a
psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento
avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como
psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo.
Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle
maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos
sobre si mesmos.
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