sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ministério da Educação é o mais afetado por corte de gastos.

Contas Públicas

Pasta sofreu uma limitação extra mensal de 586,83 milhões de reais em despesas não obrigatórias, segundo decreto publicado pelo governo nesta quinta-feira.

Ministério da Educação foi o principal alvo dos cortes de gastos não prioritários anunciados pelo governo
Ministério da Educação foi o principal alvo dos cortes de gastos não prioritários anunciados pelo governo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
O Ministério da Educação foi o mais afetado pelos cortes de gastos não obrigatórios anunciados pelo governo nesta quinta-feira. Conforme o decreto 8.389, publicado no Diário Oficial da União (DOU), a pasta sofrerá uma limitação extra de 586,83 milhões de reais por mês em seu orçamento. Isso ocorre porque este ministério é o que possui o maior volume de gastos não prioritários, que englobam viagens, compras de material e diárias de hotéis, por exemplo. Em seguida aparecem os ministérios da Defesa, com um corte de 156,46 milhões, das Cidades (144,42 milhões de reais), do Desenvolvimento Social (139,88 milhões de reais), e da Ciência e Tecnologia (130,88 milhões de reais). Os cálculos foram feitos pelo pesquisador do Ibre-FGV Gabriel Barros. 

PASTA Gasto mensal, em milhões  corte, em milhões
Educação
R$ 1.173,66
R$ 586,83
Defesa 
R$ 312,93
R$ 156,46
Cidades
R$ 288,85
R$ 144,42
Desenvolvimento Social
R$ 279,76
R$ 139,88
Ciência e Tecnoglogia
R$ 261,77
R$ 130,88
Fazenda 
R$ 233,68
R$ 116,84
Justiça 
R$ 144,1
R$ 72,05
Previdência
R$ 96,34
R$ 48,17
Agricultura e Pecuária
R$ 95,06
R$ 47,52
No total, o governo anunciou o bloqueio provisório de um terço dos gastos administrativos dos 39 ministérios e secretarias especiais, o que deve totalizar uma economia de 1,9 bilhão de reais mensais, segundo o Ministério do Planejamento. 
Confome o texto do decreto, a execução dessas despesas ficará limitada a 1/18 (um dezoito avos ou 5,55%) da dotação prevista no no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, o que representa um aperto adicional nas contas públicas. Com a aprovação da LDO no final do ano passado pelo Congresso Nacional, mas sem a aprovação do Orçamento propriamente dito, o governo poderia gastar mensalmente 1/12 (8,33%) dos valores previstos no projeto orçamentário para a manutenção da máquina pública.

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