Deputado denuncia pesca predatória de mero por barcos paraenses no Maranhão
O deputado Edson Araújo (PSL) denunciou, na sessão desta
segunda-feira (26), a prática da pesca predatória do mero por barcos
paraenses, nos municípios de Apicum-Açu e Cururupu.
O parlamentar disse que enquanto os barcos maranhenses atingem no
máximo dez metros de comprimento, os do Pará são maiores, possuem de 12 a
30 metros, e conseguem pescar o mero, uma espécie em extinção em todo
mundo e em especial no Maranhão, que atinge até 500 quilos e vive até 30
anos.
O parlamentar pediu providências aos órgãos competentes, a exemplo do
Ibama e do Instituto Chico Mendes, para evitar danos maiores para os
pescadores maranhenses e solicitou a renovação, por mais cinco anos, da
portaria que proíbe a pesca da espécie. Edson Araújo relatou o drama
enfrentado pelo mero e defendeu que medidas rigorosas sejam tomadas para
evitar que os barcos do Pará continuem pescando impunemente em águas
maranhenses.
De acordo com o deputado do PSL, os pescadores paraenses capturam o
mero em águas maranhenses justamente no momento da procriação, agravando
ainda mais o crime ambiental. Edson Araújo assegurou que esses
pescadores levam o peixe para Belém, capital do Pará, para que seja
transformado em filé e revendido como produto de primeira linha. Ele fez
um relato minucioso da situação enfrentada em Apicum-Açu e Cururupu e
detalhou as características e importância da espécie.
Edson Araújo afirmou que fez a denúncia não apenas como parlamentar,
mas também na condição de engenheiro de pesca, a pedido de milhares de
pescadores do Estado, através de suas colônias, com sede nos municípios
de Apincum-Açu e Cururupu.
Explicou que o crime ambiental “é praticado livremente na captura do
mero (Epinephelus itajara), peixe criticamente ameaçado de extinção”. “O
mero é uma espécie de peixe que pode atingir até 500 kg e vive mais de
30 anos, mas tem baixa taxa de reprodução e está em via de extinção em
várias partes do mundo”, frisou.
por Décio Sá
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