PF deve investigar hacker que atuava em cartóriosseg, 16/01/12
A Polícia Federal deverá ser acionada para investigar a suposta
trama para matar a juíza Lucimary Castelo Branco (6º Juizado Especial
Cível); a tabeliã Ana Carolina Brasil Campos Maciel, a Carol Brasil, do
Cartório de São Mateus; e o tabelião substituto do Cartório de
Maranhãozinho, Ronaldo Torres.
Nem
tanto pela trama, já desmentida pelo aprendiz de pistoleiro e hacker
Paulo Ferreira. Mas porque ele teria sido contratado pelo tabelião Luiz
de França Belchior Filho “para desenvolver um sistema que pudesse
invadir bancos de dados de instituições financeiras”, o que configuraria
crime federal.
Formado em mecatrônica e análise de sistemas pela Universidade de São
Paulo (USP), Paulo Ferreira, que está preso, afirmou em depoimento que
Belchior Filho “financiou a compra de placas e componentes para que ele
montasse um computador para invadir os sistemas”.
Foram investidos R$ 15 mil na montagem da máquina. Ele disse ter
projetado 13 programas, todos com nomes femininos. O de invadir bancos
se chama “Glória”. Veja a relação dos programas:
ANA – processa os dados dos cartórios do 3º Ofício da Capital e de Maranhãozinho;
JOANY – atua com o programa GLÓRIA, consegue invadir
os servidores de nstituições financeiras e órgãos da administração
pública federal, estadual e municipal. Pode copiar dados e introduzir
novas informações;
GLÓRIA – atua especificamente nas fraudes de contas bancárias;
CONCEIÇÃO – invadia o servidor do Instituto de Identificação da Secretaria de Segurança Pública;
LUCY – acessava o servidor central do Tribunal de
Justiça e “lá inseria dados de quaisquer natureza ou subtraia os que
estavam arquivados“;
MARIA – era usado para invadir os computadores dos gabinetes dos desembargadores e dos juízes, era usado com o MA
MAGNÓLIA – interceptava e-mails de desembargadores e juízes;
SABRINA – injetava vírus em rede de computadores e
máquinas pessoais; era também utilizado para quebrar os cincos níveis de
segurança dos sistemas de bancos e órgãos públicos;
JAQUELINE E MAYARA – inseriam dados nos computadores
de pessoas escolhidas com o objetivo de incriminá-las ou de fazer
ameaças; as informações eram utilizadas por outros juízes e
desembargadores cooptados pelo quadrilha que expediam ordens judiciais
em desfavor dos mesmos;
MARTA I e MARTA II – eram utilizados para a transferência de dados criptografados dos cartórios de Maranhãzinho e Maracaçumé;
TEREZINHA – era o programa matriz e nele eram
arquivados todos os dados obtidos através dos outros programas e após
analisados e alterados eram devolvidos ao computador onde o golpe foi
executado.
(Com informações do blog de Itevaldo Júnior).
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